quarta-feira, 20 de abril de 2016

Companhia de Dança JP Move completa 18 anos de trajetória com temporada do premiado espetáculo 'Que Se Funk'

Apresentações passam pela Arena Dicró, na Penha, pelo Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande, e pela Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, nos meses de abril e maio


Foto: Ruy Correa
Completado 18 anos de uma importante trajetória no trabalho com jovens da periferia carioca, a companhia de dança JP Move, dirigida por Michel Cordeiro, inicia nova temporada do premiado espetáculo Que se funk em abril e maio. As apresentações passarão pela Arena Dicró, na Penha (7 e 8 de abril), pelo Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande (de 27 de abril a 1 de maio) e pela Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna (6 e 7 de maio). Um dos trabalhos vencedores do Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2015, Que se funk leva à cena a musicalidade, corporeidade, a moda e o dialeto do movimento funk e as conexões que os indivíduos estabelecem com os espaços da cidade. A atual temporada tem o patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura através do edital Viva Arte.

Há dois anos, Que se funk marcou a transformação do projeto social JP Move em uma companhia de dança profissional, premiada em seu trabalho de estreia. “O espetáculo começou a tomar forma como trabalho de conclusão da minha graduação em dança pela UFRJ”, lembra Michel Cordeiro. ”Estudei temas como o tribalismo e a urbanidade e quis unir esses conceitos na dança. Pesquisei de que forma o tribalismo dos anos 80 e 90, que consistiu na busca pela afetividade na formação de pequenos grupos, poderia se cruzar com a ideia do crescimento frenético da cidade”.
Para a construção do espetáculo, foi feita uma minuciosa pesquisa que envolveu ambientalização, vestimentas e musicalidade da cidade do Rio de Janeiro, com ênfase no subúrbio. As cenas são inspiradas nos bailes, nos encontros joviais e nos signos do movimento funk, que recodificou a “ginga carioca”.

“O corpo e o movimento declaram suas vivências, ideias criativas e dinâmicas a respeito da cultura, que teve que se reinventar várias vezes para sobreviver em meio ao preconceito e  censura, impostos pela sociedade e pelo Estado que tanto desejaram a extinção da maior manifestação jovem do país”, defende Michel. “Representando essas manifestações, as danças urbanas se apropriam dos diversos espaços culturais da cidade, entre eles teatros, cinemas e praças públicas, para nutrir a espontaneidade e a criatividade. Diversas cenas de Que se Funk foram inspiradas no ‘Passinho do menor favela’, uma nova dança surgida nas ruas”.

Direção artística e coreografia: Michel Cordeiro
Direção de texto: Anna Bradilli
Produção Executiva: Rafael Fernandes

De 27 de abril a 01 de maio, qua, às 14h; qui a sáb, às 21h; dom, às 20h 
Teatro Arthur Azevedo
Rua Vítor Alves, 454 - Campo Grande
Informações: (21) 2332-7516

Dia 7 de maio, sáb, às 14h e às 19h30
Arena Carioca Jovelina Pérola Negra
Praça Ênio, s/nº - Pavuna
Informações: (21) 2886-3889

Ingresso: R$ 10,00 (inteira)
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre


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