terça-feira, 31 de maio de 2016

‘TROPICALISTAS, o musical’

Um show teatralizado e colorido em estreia no Teatro Carlos Gomes, buscando resgatar a energia dos trópicos. Roteiro e direção do Ciro Barcelos, arranjos de Tim Rescala e direção musical de Jules Vandystadt


‘Sem lenço, sem documento’ e ‘organizando o movimento e orientando o Carnaval’, com uma nova cara, mas a mesma energia, ‘Tropicalistas, o musical’ vem trazer a magia antropofágica e psicodélica de volta. Com muitas cores e muito movimento, o espetáculo será recebido no Teatro Carlos Gomes, com estreia no dia 2 de junho, unindo um grande elenco jovem sob a direção do vanguardista Ciro Barcelos. A Tropicália cruzou o céu do Brasil como um cometa barulhento e multicolorido e, hoje, em uma época de instabilidade não tão distante quanto parece da década de 1960, por que não resgatar aquele espírito de valorização da cultura nacional, da união do POP ART com o Folclore? De 2 a 19 de junho, quinta a sábado às 19h e domingos às 18h, com ingresso a R$ 40 reais e classificação 14 anos.

“Na geléia geral brasileira | Que o Jornal do Brasil anuncia”
(Gilberto Gil e Torquato Neto – Geléia Geral)

A TROPICÁLIA


Com um nome dado por Nelson Motta, inspirado na obra do artista plástico Hélio Oiticica, a Tropicália não podia ser menos que um marco histórico. Ainda que um fenômeno de curta duração, o estrago na nossa vidinha de província foi fatal, iluminando com seus reflexos até os dias de hoje. Os caras da década de 1960 estavam em total sintonia com os mais diversos movimentos que explodiram no mundo, quando os jovens, já prevendo o mundo globalizado de hoje, não enxergavam as fronteiras e queriam tomar as rédeas de suas vidas, com ‘liberdade’ como palavra de ordem. Caetano já dizia, “É proibido proibir”, máxima que diversas gerações, desde então, buscam incessantemente!
Foi assim na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos. E foi assim no Brasil com o tropicalismo!  Com uma forma mais leve, os tropicalistas acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma revolucionária para a época, arejando a elitista e nacionalista cena cultural brasileira, tornando nossa música mais universal e próxima da realidade nacional e dos jovens. O grupo promovia uma miscelânea de ideias, cheias de cores e com padrões estéticos que uniam temas urbanos e modernos aos folclóricos e populares.

Eu, brasileiro, confesso | Minha culpa, meu degredo | Pão seco de cada dia | Tropical melancolia | Negra solidão
Aqui é o fim do mundo | Aqui é o fim do mundo | Aqui é o fim do mundo
(Torquato Neto - Marginália II)


TROPICALISTAS, O MUSICAL


Tropicalistas é um espetáculo musical brasileiro que mais se remete aos shows performáticos da década de 1960. Seguindo uma trilha musical cronológica que permeia a trajetória tropicalista de seus autores, desde o inicio nos anos 60 à prisão, exílio, e retorno ao Brasil de Gilberto Gil e Caetano Veloso, sem apelar para uma narrativa biográfica, mas apenas musical, o espetáculo canta, dança e interpreta as canções que por si só, já contam a história desse movimento que aproximou a cultura brasileira do que mais interessante se produzia no primeiro mundo. Assim, misturou-se Chacrinha com Jimi Hendrix e Carmen Miranda com Beatles, mas sempre numa ótica brasileira. Antropofagicamente e sem medo!

Atenção | Tudo é perigoso | Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão | É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
(Caetano Veloso – Divino Maravilhoso)


TRILHA SONORA
Mamãe Coragem - Caetano Veloso
Geleia Geral - Gilberto Gil
Ave Maria - Caetano Veloso
Marginália - Gilberto Gil E Torquato Neto
Soy Loco Por Ti America - Gilberto Gil E Capinan
Baby - Caetano Veloso
Enquanto O Seu Lobo Não Vem - Caetano Veloso
Não Identificado - Caetano Veloso
Pannis Et Circenses - Gilberto Gil E Caetano Veloso
Divino Maravilhoso - Caetano Veloso
Domingo No Parque - Gilberto Gil
É Proibido Proibido - Caetano Veloso
Misereres Nobis - Gilberto Gil
It´S A Long Way - Caetano Veloso
Sambas De Roda (A Capela) – Folclore Baiano
Back In Bahia - Geraldo Vandré
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores – Geraldo Vandré
Alegria, Alegria - Caetano Veloso
Aquele Abraço - Gilberto Gil


FICHA TÉCNICA
Roteiro e Direção: Ciro Barcelos
Arranjos: Tim Rescala
Direção Musical e Arranjos Complementares: Jules Vandystadt
Assistente de Direção Musical: Claudia Elizeu
Transcrições e reduções: Rodrigo Melsert
Preparação Vocal: Glaucia Mancebo
Assistência de Preparação Vocal: Clarice Gonzallez
Coreografia e Concepção de Figurino: Ciro Barcelos
Assistente de Encenação: Leandro Melo
Diretor Técnico de Acrobacia Aérea: Guilherme Gomes
Preparação Corporal: Michel Robin
Cenógrafo: Carlos Augusto Campos
Cenógrafo Assistente: Leo Jesus
Cenotécnica: Articulação Cenografia
Desenho de Luz: Aurélio Oliosi
Operação de luz: Pedro Lins
Assistência de Iluminação: Maurício Cardoso, Silvio César
Projeto de Som: Fernando Capão e Pedro Capão
Operador de Som: Marcel Almeida
Microfonista: Camile Faro
Execução de Figurino: Thaís Faro e Viviane Rocha
Elenco: Arthur Rozas, Clarice Gonzallez, Cosme Motta Jr, Cristiano Melo, Daruã Góes, Filipe Ribeiro, GabriellaMazzure, Isadora Medella, Jessé Bueno, Maíra Lana, Rachel Moraes, Rico Ayade, Twigg e Verônica Bonfim.
Stand in: Vagner Jacomo
Swing: Leandro Melo
Banda: Pedro Araujo (guitarra e violão), Matias Correa (baixo), Léo Bandeira (bateria), Rodrigo Marins (sax e flauta), Renan Marins (trompete e flugelhorn) e Leo Cortez (percussão).
Direção de Produção: Anacris Monteiro
Produção Executiva: Marcos Felipe
Assistente de Produção: Fernanda Capão
Assessoria de Imprensa: Yanaê Saldanha
Programação Visual: Maruja Studio
Revisão de Texto: Antonio Cerdeira
Beleza: Denis Ramos
Patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a Secretaria Municipal de Cultura
Realização Ouro Verde Produções
Apoio Escola de Música UFRJ, Cia Bachiana Brasileira, Academia Lorenzo Fernandez, Cultura & Arte, Espaço Lunáticos, Centro de Artes CalousteGulbenkian, Ibis Rio de Janeiro Centro, Rádio Roquette-Pinto, Blog Cultural Ouro Verde, Maruja Studio, Estúdio Riff, ZE-ZE LUSTRES, Salão Vitoria's

De 2 a 19 de junho, qui a sáb, às 19h; dom, às 18h 
Teatro Carlos Gomes
Praça Tiradentes, s/n - Centro - RJ
Informações: (21) 2215-0556
Ingresso: R$ 40,00 (inteira)
Classificação: 14 anos

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