terça-feira, 31 de maio de 2016

‘TROPICALISTAS, o musical’

Um show teatralizado e colorido em estreia no Teatro Carlos Gomes, buscando resgatar a energia dos trópicos. Roteiro e direção do Ciro Barcelos, arranjos de Tim Rescala e direção musical de Jules Vandystadt


‘Sem lenço, sem documento’ e ‘organizando o movimento e orientando o Carnaval’, com uma nova cara, mas a mesma energia, ‘Tropicalistas, o musical’ vem trazer a magia antropofágica e psicodélica de volta. Com muitas cores e muito movimento, o espetáculo será recebido no Teatro Carlos Gomes, com estreia no dia 2 de junho, unindo um grande elenco jovem sob a direção do vanguardista Ciro Barcelos. A Tropicália cruzou o céu do Brasil como um cometa barulhento e multicolorido e, hoje, em uma época de instabilidade não tão distante quanto parece da década de 1960, por que não resgatar aquele espírito de valorização da cultura nacional, da união do POP ART com o Folclore? De 2 a 19 de junho, quinta a sábado às 19h e domingos às 18h, com ingresso a R$ 40 reais e classificação 14 anos.

“Na geléia geral brasileira | Que o Jornal do Brasil anuncia”
(Gilberto Gil e Torquato Neto – Geléia Geral)

A TROPICÁLIA


Com um nome dado por Nelson Motta, inspirado na obra do artista plástico Hélio Oiticica, a Tropicália não podia ser menos que um marco histórico. Ainda que um fenômeno de curta duração, o estrago na nossa vidinha de província foi fatal, iluminando com seus reflexos até os dias de hoje. Os caras da década de 1960 estavam em total sintonia com os mais diversos movimentos que explodiram no mundo, quando os jovens, já prevendo o mundo globalizado de hoje, não enxergavam as fronteiras e queriam tomar as rédeas de suas vidas, com ‘liberdade’ como palavra de ordem. Caetano já dizia, “É proibido proibir”, máxima que diversas gerações, desde então, buscam incessantemente!
Foi assim na Inglaterra, na França, nos Estados Unidos. E foi assim no Brasil com o tropicalismo!  Com uma forma mais leve, os tropicalistas acreditavam que a inovação estética musical já era uma forma revolucionária para a época, arejando a elitista e nacionalista cena cultural brasileira, tornando nossa música mais universal e próxima da realidade nacional e dos jovens. O grupo promovia uma miscelânea de ideias, cheias de cores e com padrões estéticos que uniam temas urbanos e modernos aos folclóricos e populares.

Eu, brasileiro, confesso | Minha culpa, meu degredo | Pão seco de cada dia | Tropical melancolia | Negra solidão
Aqui é o fim do mundo | Aqui é o fim do mundo | Aqui é o fim do mundo
(Torquato Neto - Marginália II)


TROPICALISTAS, O MUSICAL


Tropicalistas é um espetáculo musical brasileiro que mais se remete aos shows performáticos da década de 1960. Seguindo uma trilha musical cronológica que permeia a trajetória tropicalista de seus autores, desde o inicio nos anos 60 à prisão, exílio, e retorno ao Brasil de Gilberto Gil e Caetano Veloso, sem apelar para uma narrativa biográfica, mas apenas musical, o espetáculo canta, dança e interpreta as canções que por si só, já contam a história desse movimento que aproximou a cultura brasileira do que mais interessante se produzia no primeiro mundo. Assim, misturou-se Chacrinha com Jimi Hendrix e Carmen Miranda com Beatles, mas sempre numa ótica brasileira. Antropofagicamente e sem medo!

Atenção | Tudo é perigoso | Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão | É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
(Caetano Veloso – Divino Maravilhoso)


TRILHA SONORA
Mamãe Coragem - Caetano Veloso
Geleia Geral - Gilberto Gil
Ave Maria - Caetano Veloso
Marginália - Gilberto Gil E Torquato Neto
Soy Loco Por Ti America - Gilberto Gil E Capinan
Baby - Caetano Veloso
Enquanto O Seu Lobo Não Vem - Caetano Veloso
Não Identificado - Caetano Veloso
Pannis Et Circenses - Gilberto Gil E Caetano Veloso
Divino Maravilhoso - Caetano Veloso
Domingo No Parque - Gilberto Gil
É Proibido Proibido - Caetano Veloso
Misereres Nobis - Gilberto Gil
It´S A Long Way - Caetano Veloso
Sambas De Roda (A Capela) – Folclore Baiano
Back In Bahia - Geraldo Vandré
Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores – Geraldo Vandré
Alegria, Alegria - Caetano Veloso
Aquele Abraço - Gilberto Gil


FICHA TÉCNICA
Roteiro e Direção: Ciro Barcelos
Arranjos: Tim Rescala
Direção Musical e Arranjos Complementares: Jules Vandystadt
Assistente de Direção Musical: Claudia Elizeu
Transcrições e reduções: Rodrigo Melsert
Preparação Vocal: Glaucia Mancebo
Assistência de Preparação Vocal: Clarice Gonzallez
Coreografia e Concepção de Figurino: Ciro Barcelos
Assistente de Encenação: Leandro Melo
Diretor Técnico de Acrobacia Aérea: Guilherme Gomes
Preparação Corporal: Michel Robin
Cenógrafo: Carlos Augusto Campos
Cenógrafo Assistente: Leo Jesus
Cenotécnica: Articulação Cenografia
Desenho de Luz: Aurélio Oliosi
Operação de luz: Pedro Lins
Assistência de Iluminação: Maurício Cardoso, Silvio César
Projeto de Som: Fernando Capão e Pedro Capão
Operador de Som: Marcel Almeida
Microfonista: Camile Faro
Execução de Figurino: Thaís Faro e Viviane Rocha
Elenco: Arthur Rozas, Clarice Gonzallez, Cosme Motta Jr, Cristiano Melo, Daruã Góes, Filipe Ribeiro, GabriellaMazzure, Isadora Medella, Jessé Bueno, Maíra Lana, Rachel Moraes, Rico Ayade, Twigg e Verônica Bonfim.
Stand in: Vagner Jacomo
Swing: Leandro Melo
Banda: Pedro Araujo (guitarra e violão), Matias Correa (baixo), Léo Bandeira (bateria), Rodrigo Marins (sax e flauta), Renan Marins (trompete e flugelhorn) e Leo Cortez (percussão).
Direção de Produção: Anacris Monteiro
Produção Executiva: Marcos Felipe
Assistente de Produção: Fernanda Capão
Assessoria de Imprensa: Yanaê Saldanha
Programação Visual: Maruja Studio
Revisão de Texto: Antonio Cerdeira
Beleza: Denis Ramos
Patrocínio: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a Secretaria Municipal de Cultura
Realização Ouro Verde Produções
Apoio Escola de Música UFRJ, Cia Bachiana Brasileira, Academia Lorenzo Fernandez, Cultura & Arte, Espaço Lunáticos, Centro de Artes CalousteGulbenkian, Ibis Rio de Janeiro Centro, Rádio Roquette-Pinto, Blog Cultural Ouro Verde, Maruja Studio, Estúdio Riff, ZE-ZE LUSTRES, Salão Vitoria's

De 2 a 19 de junho, qui a sáb, às 19h; dom, às 18h 
Teatro Carlos Gomes
Praça Tiradentes, s/n - Centro - RJ
Informações: (21) 2215-0556
Ingresso: R$ 40,00 (inteira)
Classificação: 14 anos

sexta-feira, 13 de maio de 2016

VALSA Nº 6, DA CIA TEATRO PORTÁTIL, EM CURTA TEMPORADA, no TEATRO GLAUCIO GILL EM COPACABANA

Monólogo de Nelson Rodrigues tem uma boneca no papel de Sônia. Com direção de Alexandre Boccanera, a peça faz curta temporada no Teatro Glaucio Gill


Sônia, personagem de Nelson Rodrigues no monólogo Valsa nº 6, escrito em 1951, foi assassinada aos 15 anos. Em cena, ela tenta se lembrar do que aconteceu e, aos poucos, vai reconstruindo suas memórias.

Na montagem da Cia Teatro Portátil, Sônia é uma boneca, manipulada pelos atores Flávia Reis, Julia Schaeffer, Ana Moura e Guilherme Miranda. Com direção de Alexandre Boccanera, a peça está em cartaz no Teatro Glaucio Gill, de 12 de maio a 10 de junho.

A linguagem de animação, que permeia a trajetória da companhia, destaca a poesia presente no texto. A proposta de encenação busca valorizar a essência do texto, já que “a peça tem o formato de um poema dramático”, conclui o diretor.
Sem descaracterizar o monólogo, que é levado ao palco na íntegra, Sônia contracena com seus manipuladores para dar vida a este universo poético. Um piano fragmentado e projeções de desenhos animados compõem o cenário de memórias da personagem que busca remontar a sua história.

Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Alexandre Boccanera
Elenco: Flávia Reis, Guilherme Miranda, Ana Moura e Julia Schaeffer
Desenho Animado: Beatriz Carvalho e Diogo Nii Cavalcanti

De 12 de maio a 10 de junho, qui e sex, às 20h
Teatro Glaucio Gill
Praça Cardeal Arco Verde s/n - Copacabana
Informações: (21) 2332-7904
Ingresso: R$ 30,00 (inteira)
Duração: 50 minutos
Classificação: 14 anos


'A COZINHEIRA, O BEBÊ E A DONA DO RESTAURANTE' REESTREIA NO RIO DE JANEIRO, DE MAIO A JULHO, NO TEATRO IPANEMA

O elogiado espetáculo infantil da Companhia do Gesto aposta na construção cênica e traz a linguagem dos desenhos animados para o teatro


Sucesso de público e crítica em 2012 (recomendado com cinco estrelas pela revista Veja Rio), o infantil A Cozinheira, o Bebê e a Dona do Restaurante, da Companhia do Gesto, volta aos palcos cariocas dia 14 de maio, sábado, no Teatro Ipanema, em Ipanema. A peça ficará em cartaz até o dia 10 de julho, sempre aos sábados e domingos, às 16h, com ingressos a preços populares.

A receita é, no mínimo, inusitada: linguagem cênica ousada com sonoplastia e ritmo frenético de desenho animado.  Como nos demais espetáculos da Companhia do Gesto, a fala fica em segundo plano, dando espaço a linguagens cênicas não convencionais. A peça foi criada a partir do roteiro original do ator Ademir de Souza (prêmio Zilka Sallaberry de melhor ator/2008), ele mesmo responsável pela sonoplastia da peça no palco. Em cena, duas mulheres – a Dona do Restaurante e a Cozinheira (respectivamente Tânia Gollnick e Cecília Ripoll) –, veem sua rotina de trabalho e sua relação cotidiana transformadas pelo aparecimento de um bebê à porta dos fundos do restaurante. Toda a ação acontece na cozinha, com as duas mulheres divididas entre atender os clientes, cozinhar e cuidar do bebê. Tudo regido pela enigmática figura de um maestro-sonoplasta, que executará as sonoridades em sincronia com a movimentação das atrizes, no próprio palco.

O espetáculo utiliza-se de máscaras criadas pela própria Cia do Gesto para o desenvolvimento dos personagens durante o processo de pesquisa e criação cênica. Com direção de Luis Igreja, a montagem resgata a estética dos desenhos animados clássicos dos anos 40 a 60, baseada na ausência de diálogos, muita música e rica sonoplastia. Diretor também dos programas “Tem criança na cozinha”, do Gloob, e de “Em família”, do Canal Saúde, Igreja se diverte com a mistura das plataformas: "Levamos a animação do cinema para o teatro e a linguagem do teatro para a TV. A receita acaba ficando mais refinada em todos os sentidos", observa.

A Cozinheira, o Bebê e a Dona do Restaurante dá  sequência a uma premiada trajetória de pesquisa sobre linguagens cênicas não convencionais da Companhia do Gesto, que nos últimos anos produziu espetáculos infantis de grande sucesso de público e crítica como 'Procura-se Hugo', 'Fábulas dançadas de Leonardo Da Vinci', 'Maria Eugênia' e 'Claún! Palhaços Mudos'.

Roteiro: Ademir de Souza
Direção: Luis Igreja
Elenco: Cecília Ripoll, Tania Gollnick e Ademir de Souza
Assistente de direção: Cecília Ripoll

De 14 de maio a 10 de julho, sáb e dom, às 16h
Teatro Ipanema
Rua Prudente de Morais, 824 - Ipanema
Informações: (21) 2267-3750
Ingresso: R$ 30,00
Classificação: Livre
Duração: 90 minutos


TEMPO, UM MONÓLOGO CIRCENSE' se apresenta de graça em arenas culturais da Prefeitura

Em algumas sessões haverá audiodescrição para deficientes visuais


Foto: Ramom Moreira
Após a sua estreia em Marselha, na França, em 2015, seguida das apresentações em Aracaju, Recife e Belo Horizonte, 'Tempo, um monólogo circense' chega ao Rio de Janeiro com sessões gratuitas nas arenas culturais da Prefeitura durante os meses de maio e junho.  A montagem, encenada pelo ator - acrobata Bruno Carneiro, passará por Pedra de Guaratiba (13 e 14 de maio), Pavuna (18 e 19 de maio) e Bangu (02 e 03 de junho). Em algumas sessões haverá audiodescrição para deficientes visuais. A performance integra o Circuito Cultural Rio, idealizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Prefeitura do Rio, para a programação cultural dos períodos Olímpico e Paralímpico, que vai de maio a setembro de 2016.

'Tempo' é um monólogo circense onde a personagem, o próprio artista de circo, divide com o público suas experiências na arte e na vida, incitando o espectador a pensar sobre o tempo. "Quanto tempo dispomos para realizar nossos sonhos, construir uma história, recomeçar? O que nos restará quando não houver mais tempo? Nada como o tempo! Todo o tempo é pouco! Tempo é dinheiro!"

Bruno utiliza-se de técnicas de contorção, acrobacia de solo e aérea e divide com o público suas experiências, oferecendo lembranças de sua vida durante os tempos áureos em que era um artista de renome do Circo Tradicional. As lembranças saem de uma caixa de Pandora, como um convite para vivenciar um momento íntimo e pessoal do próprio artista. Em "Tempo" a força física se encontra com a doçura do movimento, numa interpretação forte e marcante, mas ao mesmo tempo sutil, delicada e tocante.

Intérprete: Bruno Carneiro
Autores: Bruno Carneiro e Raquel Rache
Direção: Raquel Rache

Classificação: 14 anos
Entrada Franca
Duração: 60 minutos

PROGRAMAÇÃO


Dias 13 e 14 de maio, sex e sáb, às 19h 
ARENA CARIOCA ABELARDO BARBOSA - CHACRINHA
Rua Soldado Eliseu Hipólito, s/nº - Pedra de Guaratiba.
Informações: (21) 3404-7980
*Dia 13 sessão com audiodescrição

Dias 18 e 19 de maio, qua e qui, às 15h
ARENA CARIOCA JOVELINA PÉROLA NEGRA
Praça Ênio, s/nº - Pavuna
Informações: (21) 2886-3889
*Dia 18 sessão com audiodescrição

Dias 02 e 03 de junho, qui, às 15h; sex, às 17h
ARENINHA CARIOCA HERMETO PASCOAL
Bangu Endereço: Praça 1º de Maio s/nº - Bangu
Informações: (21) 3332-4909
*Dia 03 sessão com audiodescrição


Inédita na América Latina, a peça 'O Como e o Porquê', com Suzana Faini e Alice Steinbruck, reestreia dia 13 de maio no Teatro Fashion Mall

A montagem de Sarah Treem é dirigida por Paulo de Moraes e comemora os 50 anos de carreira de Suzana Faini


Foto: Fabiano Cafure
Sucesso de crítica em sua primeira temporada no centro do Rio, a peça O como e o porquê chega ao Teatro Fashion Mall, São Conrado, com Alice Steinbruck e Suzana Faini. A montagem traz o encontro entre duas biólogas de gerações diferentes e que defendem teorias controversas. A obra da americana Sarah Treem é inédita na América Latina e reestreia dia 13 de maio, às 21h30, no Teatro Fashion Mall, com temporada até o dia 05 de junho com sessões às sextas e sábados, 21h30 e aos domingos, 20h.

Dirigido por Paulo de Moraes, o espetáculo analisa a vida sob a perspectiva de duas mulheres. Suzana Faini interpreta Zelda, uma importante e conceituada bióloga da área evolutiva, vencedora do mais importante prêmio na ciência por sua “Teoria da Avó”. Ela defende a menopausa como uma vantagem evolutiva para os seres humanos, permitindo uma vida mais longa às mulheres. Alice Steinbruck interpreta Raquel, uma estudante de pós-graduação que sustenta a ideia da evolução da mulher a partir da capacidade de expulsar vírus e bactérias por meio da menstruação. O desconcertante encontro entre essas duas mulheres acontece às vésperas de uma importante conferência científica. Ao longo do espetáculo, o público se depara com grandes revelações.

Esta é a primeira tradução da obra americana, cujo título original é “The how and the why”. A versão em português é da atriz Alice Steinbruck, idealizadora do projeto.

Texto: Sarah Treem
Tradução: Alice Steinbruck
Direção e Cenografia: Paulo de Moraes
Elenco: Suzana Faini e Alice Steinbruck

De 13 de maio a 05 de junho, sex e sáb, às 21h30; dom, às 20h
Teatro Fashion Mall
Estrada da Gávea, 899 – São Conrado - RJ
Informações: (21) 2422-9800
Ingresso: R$ 60,00 (sextas-feiras); R$ 70,00 (sábados e domingos) - inteira
Classificação: 16 anos
Duração: 80 minutos


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Funarte lança livro Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil

Obra de Diego Molina mergulha no legado de Paschoal Carlos Magno, um dos maiores animadores culturais do país no século XX


Um palco pequeno, plateia de 100 lugares, sem bilheteria: um teatro em Santa Teresa, bairro boêmio carioca. Assim era, nos anos 1950, o Teatro Duse, o primeiro teatro-laboratório do Brasil, fruto da ousadia do escritor, diplomata, crítico, diretor, animador cultural e, acima de tudo, incentivador das artes e da cultura Paschoal Carlos Magno (1906-1980). Foi sobre esse projeto revelador de atores, autores, diretores e cenógrafos das artes cênicas que se debruçou o dramaturgo, diretor teatral, ator e professor Diego Molina para escrever Teatro Duse: o primeiro teatro-laboratório do Brasil, editado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, que será lançado no dia 17 de maio, terça-feira, às 19h, na Livraria da Travessa de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97), no Rio.

Entre atuar, dirigir e lecionar, Diego Molina cursou mestrado na UniRio e mergulhou no legado de Paschoal Carlos Magno: um acervo inédito com mais de 25 mil documentos. Foram anos de trabalho – entre pesquisa, entrevistas, redação e revisão. O livro é resultado de uma dissertação de mestrado defendida no Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (CLA - Unirio) em agosto de 2009, sob a orientação da Professora Dra. Tania Brandão. Anos depois da conclusão da obra, para a sua publicação, o autor fez algumas pequenas modificações no texto – sobretudo atualizando as informações da pesquisa e tirando um pouco do academicismo do texto, para permitir uma leitura mais leve e prazerosa.

A obra parte do acervo pessoal de Paschoal Carlos Magno (Centro de documentação da Funarte), com foco principal no Teatro Duse, criado pelo fundador para ser um espaço de atuação e experimentação teatral – com destaque para a sua Escola de Arte Dramática. Diego Molina analisou também os espetáculos que compunham o Festival do Autor Novo e o diálogo sobre a questão da dramaturgia nacional da década de 1950. O livro é fruto da admiração do autor por Magno: "Ele não é muito conhecido hoje em dia. Morreu em 1980 e, de 1930 até sua morte, foi um dos principais nomes da cultura brasileira".

O autor entrevistou personalidades ligadas às artes cênicas, caso da saudosa crítica teatral Bárbara Heliodora, e talentos revelados no Teatro Duse, como os atores Othon Bastos, Agildo Ribeiro e Maria Pompeu. Aliás, foram muitos artistas que surgiram ou passaram pelo Teatro Duse, a exemplo dos autores Antonio Callado, Rachel de Queiroz, Hermilo Borba Filho, Francisco Pereira da Silva e Aldo Cavet – que participaram do Festival do Autor – e dos atores Glauce Rocha, Tereza Raquel, Sebastião Vasconcelos, Consuelo Leandro e Joel Barcelos.

Construído na própria residência de Paschoal, o Teatro Duse foi batizado com esse nome em homenagem à reconhecida atriz italiana Eleonora Duse, admirada pelo agitador cultural. O autor de teatro e roteirista Bosco Brasil, que assina o prefácio do livro, explica a relação de Magno com a atriz: "Ouso chamar a própria Eleonora Duse em meu auxílio. Seu nome e de Paschoal Carlos Magno estarão inquebrantavelmente ligados para sempre em nossas mentes". O dramaturgo lembra que os dois nunca se conheceram e que Paschoal nem sequer viu a artista no palco. Mas explica que a veneração do incitador das artes pela atriz era fervorosa e herdada pelo pai dele, um sensível italiano.

Dia 17 de maio, ter, às 19h
Livraria da Travessa - Botafogo
Rua Voluntários da Pátria, 97 - Botafogo – RJ
Preço do livro: R$ 40,00

Aquisição do livro no RJ:

Livraria Mário de Andrade
Funarte – Rua da Imprensa 16
Centro

Livraria da Travessa
Rua Voluntários da Pátria, 97
Botafogo

A compra também pode ser solicitada através do e-mail:
livraria@funarte.gov.br


Um príncipe chamado Exupéry – da Cia Mútua, de Santa Catarina

Inédito no Rio, todo realizado em teatro de animação, sem diálogos, espetáculo é aberto para toda a família e será apresentado no Espaço Teatro de Anônimo, na Lapa, dias 14, 15, 21, 22, 28 e 29 de maio, às 16h e 19h. Ingressos populares


Com 23 anos de trabalho, a premiada Cia Mútua, de teatro de animação, com sede em Itajaí, Santa Catarina, traz para o Rio o espetáculo Um príncipe chamado Exupery, que conta a história do autor do clássico ‘O Pequeno Princípe’, antes de escrever o livro, quando ainda era um jovem piloto da Companhia de Correio Aéreo Aéropostale e viajava pelo mundo entregando cartas. Uma de suas escalas era na praia do Campeche, em Florianópolis, local onde ele ficou conhecido como "Zéperri". Serão duas apresentações por dia a partir do dia 14 de maio e até 29 de maio, aos sábados e domingos. Cada sessão tem lotação de 60 pessoas. Mais de 10 mil pessoas já assistiram à montagem em quase 200 apresentações.

O cenário do espetáculo é um capítulo à parte. A cia criou um autêntico hangar exatamente como era nos anos 1920, época em que viveu e trabalhou Exupéry. O público assiste à apresentação dentro deste imenso cenário, uma estrutura de alumínio e madeira com 4 metros de altura e mais de 800 quilos. É com esse enorme cenário que a trupe de Santa Catarina tem viajado o Brasil para se apresentar por toda parte. O espetáculo conta com mais de 20 bonecos que compõem o elenco da peça. A última passagem da Cia Mútua pelo Rio foi em 2012.

Antes de ter se tornado mundialmente conhecido pelo romance “O Pequeno Príncipe”, Saint-Exupéry trabalhava para a Companhia de Correio Aéreo Aéropostale, entregando cartas em escalas de vôos diários, que se estendiam por duas cidades extremas do território brasileiro, Natal (RN) e Pelotas (RS), inclusive linhas internacionais. É neste contexto, dentro de um hangar, sem uma única fala que é encenada a montagem do espetáculo. “Um Príncipe Chamado Exupéry” é a quinta montagem da Cia Mútua no teatro de animação. Desde sua estréia, em 2010, o espetáculo se apresentou em importantes festivais do gênero, entre eles a II Semana Internacional de Teatro de Animação (SP), o 5º FITA Floripa (SC), o FILO – Festival Internacional de Teatro de Londrina (2015) e o 13º Festival Internacional de Teatro de Bonecos de Belo Horizonte. Em 2012 circulou por 15 estados brasileiros pelo Projeto SESC Palco Giratório e em 2013 ocupou os espaços da CAIXA Cultural São Paulo e Brasília.

Roteiro/Dramaturgia: Mônica Longo, Guilherme Peixoto e Willian Sieverdt
Elenco: Mônica Longo e Guilherme Peixoto
Direção: Willian Sieverdt
Cenografia: Jaime Pinheiro

De 14 a 29 de maio, sáb e dom, às 16h e às 19h
Teatro de Anônimo
Rua dos Arcos, 24 - Lapa – RJ
Informações: (21) 98628-2511
Ingresso: R$ 10,00 (inteira)
Duração: 50 minutos
Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 8 anos)

'Esse Vazio', no Teatro Glaucio Gill

Inédito no Brasil, texto do autor argentino Juan Pablo Gómez ganha direção de Sergio Módena


Foto: Daniel Moragas da Costa
O vestiário masculino de um pequeno clube de uma cidade do interior é o cenário para o encontro de três amigos de infância: Hugo, Lucas e Max. A razão da reunião é triste: na sala ao lado, Matias, o quarto integrante do grupo, está sendo velado. Inédito no Brasil, o texto Un Hueco (título original), do autor e diretor teatral argentino Juan Pablo Gómez, ganha sua primeira montagem brasileira. Idealizada e adaptada por Daniel Dias da Silva, a peça – levada ao palco pela primeira vez em Buenos Aires, em 2009 – aqui ganhou o nome de Esse Vazio. A estreia está marcada para 7 de maio, no Teatro Glaucio Gill. Com direção de Sergio Módena, a produção traz no elenco Gustavo Falcão, Sávio Moll e o próprio Daniel.

A trama de Esse Vazio se passa toda dentro do vestiário, de onde o trio observa a movimentação em torno do velório, o comportamento das pessoas e os interesses dos familiares. Dos quatro amigos, apenas Hugo (Gustavo Falcão) deixou a cidade natal em busca de novas perspectivas em uma metrópole – e agora está de volta para o enterro. Lucas (Sávio Moll) e Max (Daniel Dias da Silva) permaneceram na cidade, assim como Matias, funcionário do clube que eles frequentavam juntos na juventude. Como não se encontravam há alguns anos, Hugo faz questão de ressaltar como Lucas e Max ficaram parados no tempo, enquanto ele amadureceu desde que foi morar na cidade grande. “São os bastidores de uma amizade. É como se a gente tirasse um véu dessas relações e o público pudesse espiar esse encontro”, conta Gustavo Falcão.

O velório de Matias e o retorno de Hugo coloca os amigos diante da imensidão do vazio e da solidão evocada pela morte. No pequeno vestiário, um local intimista e reservado, eles refletem sobre o sentido e as perspectivas de suas vidas, a felicidade e a dor do amadurecimento e a falta de horizontes. Aos poucos, redefinem seus conceitos de distância e de amor fraterno. “O vazio causado pela perda desse amigo faz com que eles se reúnam e descubram os próprios vazios. São pessoas que eram muito próximas e, a partir do momento em que se reencontram, surgem vários comportamentos antigos. Mas, ao mesmo tempo, você percebe uma distância enorme entre eles”, diz Sergio Módena.

Direção: Sergio Módena
Texto: Juan Pablo Gómez (em colaboração com Patrício Aramburu, Nahuel Cano e Alejandro Hener)
Tradução: Daniel Dias da Silva
Elenco: Gustavo Falcão, Daniel Dias da Silva e Sávio Moll
Cenário: Claudio Bittencourt

De 7 de maio a 13 de junho, sáb, dom e seg, às 20h
Teatro Glaucio Gill
Praça Cardeal Arcoverde s/n – Copacabana - RJ
Informações: (21) 2332-7904 / 2332-7970
Ingresso: R$ 40,00 (inteira)
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos


Cenas de um Casamento, de Ingmar Bergman, reestreia no Teatro da UFF, dia 6 de maio

Juliana Martins e Heitor Martinez interpretam o casal Marianne e Johan na montagem adaptada por Maria Adelaida Amaral e dirigida por Bruce Gomlevsky


Foto: Marcos Morteira
Depois de uma bem recomendada temporada no Teatro dos Quatro, no Shopping da Gávea, o espetáculo Cenas de um Casamento, fará uma curta temporada no Teatro da UFF, em Niterói, a partir do dia 6 de maio. A peça escrita pelo cineasta sueco Ingmar Bergman ganhou uma elogiada adaptação da escritora Maria Adelaide Amaral e conta com direção de Bruce Gomlevsky. Juliana Martins e Heitor Martinez protagonizam o espetáculo que ficará em cartaz de sexta e sábado às 21h e domingo às 20h até o dia 22 de maio. O ator Nicola Siri substitui Heitor Martinez em algumas sessões.

Considerado um clássico, o texto traça um retrato das dores e delícias da trajetória de vida do casal Johan e Marianne. Dez anos casados, a crise, a banalidade e os abismos do ambiente doméstico. Uma radiografia das relações amorosas: o casamento ideal, a separação e o reencontro, quando eles, já casados com outras pessoas, finalmente entendem o que é o amor.

Temas como amor, idealização, separação, reencontro, ressentimento e redescoberta são os assuntos expostos num texto contemporâneo sobre o amor com dois personagens fascinantes – seja pelas suas qualidades e ou pelos seus defeitos extremamente humanos - e que reúnem em si semelhanças com quaisquer outros homens e mulheres que estejam na plateia.

Autor: Ingmar Bergman
Tradução: Maria Adelaide Amaral
Direção: Bruce Gomlevsky
Elenco: Juliana Martins e Heitor Martinez  (ator substituto Nicola Siri)

De 6 a 22 de maio, sex e sáb, às 21h; dom, às 20h
Teatro da UFF
Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí - Niterói - RJ
Informações: (21) 2629-5000
Ingresso: R$ 40,00 (inteira)
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos


Os Tapetes Contadores de Histórias iniciam novo projeto em bibliotecas: Presente de Aniversário

Após o sucesso do projeto Da Palavra ao Fio, realizado em quatro edições anuais, o grupo retorna às bibliotecas populares em novo formato. Além das apresentações abertas ao público, haverá sessões exclusivas para escolas em oito bibliotecas populares


Foto: Renato Mangolin
Qual é o real sentido de comemorar o aniversário? Ganhar presentes ou celebrar a vida? Presente de Aniversário é o novo projeto do grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, que revela outros significados para esta celebração. A partir de três pilares poéticos – o tempo, o bolo e o presente – o grupo escolheu quatro histórias: os mitos gregos de Deméter e Rei Midas, o conto popular americano João Esperto leva o presente certo e o conto tradicional russo Vassalissa. Presente de Aniversário engloba encontros fechados nas escolas e bibliotecas públicas do próprio bairro e sessões abertas na Biblioteca Popular de Botafogo, nos sábados de maio (dias 07, 14, 21 e 28), às 11h. A entrada é franca com distribuição de senha 30 minutos antes.

Com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, as edições fechadas de Presente de Aniversário para escolas serão realizadas em oito escolas e bibliotecas públicas em diversas parte da cidade: Campo Grande (25/04 e 2/05), Ilha do Governador (3 e 6/05), Irajá (9 e 16/05), Jacarepaguá (11 e 18/05), Maré (12 e 19/05), Rio Comprido (27/04 e 4/05), Santa Teresa (13 e 20/05) e Botafogo (10 e 17/05).

Os três pilares poéticos que permeiam a sessão de histórias de Presente de Aniversário são o tempo, contado através das estações do ano, das primaveras, com sentido de transformação e amadurecimento; o bolo, objeto de comunhão a partir do ato de preparar a comida e repartir em presença e coletivamente; e o presente, como símbolo do oferecimento de si para o outro, que pode ser um pensamento, um objeto ou uma performance.

Para viabilizar a proposta do projeto Presente de Aniversário, os artistas Cadu Cinelli, Edison Mego e Warley Goulart criaram tapetes e outros objetos de tecido que servem de cenário para os quatro contos: os mitos gregos de Deméter e Rei Midas, o conto popular americano João Esperto leva o presente certo e o conto tradicional russo Vassalissa.

O mito de Deméter trata da noção de ciclo das estações do ano, o aniversário como retorno ao estágio de reflorescimento de nós mesmos, renovação do ciclo da vida. Em seguida, a história do Rei Midas questiona o tipo de presente que se deseja. Depois, no conto popular americano João Esperto leva o presente certo, o presente é entendido como uma parte de si que não se compra em nenhum lugar. E a sessão termina com o conto russo Vassalisa. Na história, o presente recebido por uma criança serve de amuleto para enfrentar todos os desafios futuros.

De 7 a 28 de maio, sáb, às 11h
Biblioteca Municipal Popular de Botafogo
Rua Farani, 53 - Botafogo - RJ
Informações: (21) 2551-6911
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 7 anos)
Entrada franca
Distribuição de senhas 30 minutos antes


Com amor, Charlie

Adaptação do livro e filme “As vantagens de ser invisível”, a peça conta a história de um garoto de 15 anos, Charlie, que entra num colégio enquanto se recupera de uma depressão, que lhe rendeu tendências suicidas, e da perda de seu único amigo. No colégio, porém, começa sua jornada de socialização, de crescimento e recuperação com a inadvertida ajuda de dois veteranos, Patrick e Sam, que o recebem em seu mundinho à parte dos populares da escola.

Elenco: Matheus Caldeira, Isis Pessino, Lucas Pinho, Gabriella Levaskevicius, Heiner Miranda, Isabella Ferreira, João Acioli e Aline Daltro
Adaptação e Direção: Ruan Calheiros

De 07 a 29 de maio, sáb e dom, às 20h
Teatro Henriqueta Brieba
Rua Conde de Bonfim, 451 – Tijuca – RJ
Informações: (21) 3294-9300
Ingresso: R$ 40,00 (inteira)
Classificação: 12 anos

Sucesso na Argentina e em outros países, o espetáculo "Casa de Bonecas" com versão de Daniel Veronese estreia dia 6 de maio no CCJF com direção de Roberto Bomtempo e Symone Strobel

Texto clássico do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen com versão do aclamado dramaturgo e diretor argentino, é considerado um dos mais importantes da cena teatral internacional contemporânea


Numa releitura contemporânea que questiona e desafia as propostas do texto original, subvertendo e ressignificando a obra escrita há mais de 120 anos, "Casa de Bonecas" é um drama familiar com o qual Ibsen intencionou mostrar o cotidiano de uma família burguesa da época. No entanto, o autor questionou as convenções sociais do casamento e do papel da mulher na sociedade, provocando um choque no contexto social e comportamental do final do século XIX.

Na época, mediante as tentativas de emancipação feminina, foi uma peça revolucionária, com grande repercussão entre feministas o que causou grandes discussões em toda Europa. Houve censuras violentas lançadas contra a personagem principal, Nora, pois a época não perdoou seu abandono da casa e dos filhos.
Com essa peça, os críticos acreditaram que Ibsen abriu caminho para a tragédia, pois foi a primeira solução trágica do autor: Nora abandona marido e filhos em busca da liberdade pessoal e de sua identidade como indivíduo.

No entanto, nessa montagem com versão do dramaturgo e diretor argentino Daniel Veronese, o espetáculo ganha novo fôlego diante das atuais discussões sobre o feminismo. Ele propõe um diálogo com o texto original mas acentua questões e torna os diálogos e tramas sucintas para que a obra fique ainda mais provocativa e atual. Além de ser pertinente nesse momento em que novas discussões sobre o tema vêm ganhando espaço, o espetáculo cria mais uma oportunidade para debate.

Texto: Henrik Ibsen
Versão original: Daniel Veronese
Direção: Roberto Bomtempo e Symone Strobel
Elenco: Miriam Freeland, Roberto Bomtempo, Anna Sant'Ana, Regina Sampaio, Leandro Baumgratz

De 6 de maio a 12 de junho, sex a dom, às 19h
Centro Cultural da Justiça Federal – CCJF
Av. Rio Branco, 241 – Centro - RJ
Informações: (21) 3261-2550
Ingresso: R$ 40,00 (inteira)
Duração: 75 minutos
Classificação: 14 anos


Terceiro espetáculo infantil de Lázaro Ramos, "Boquinha...E assim surgiu o mundo..." estreia dia 7 de maio no Espaço Sesc em Copacabana

Montagem que une circo e o teatro guia as crianças em uma mágica viagem para contar a história do surgimento do mundo segundo diferentes culturas


"Boquinha...E assim surgiu o mundo..." conta a história de um pequeno ser feito de dobraduras de papel que guiará as crianças em uma mágica viagem para contar a história do surgimento do mundo segundo contos e lendas de diferentes culturas.

A atriz e contadora de histórias Suzana Nascimento (premiada pelo monólogo Calango Deu! Os causos da Dona Zaninha), apresentadora do programa Janela Janelinha da TV Brasil - onde conta histórias tradicionais de várias partes do mundo - e pesquisadora da oralidade, assina, ao lado de Lázaro Ramos, a direção do espetáculo.

Sozinho em cena, o ator e circense Orlando Caldeira utiliza-se de vários recursos como a contação de histórias, o circo, a manipulação, a música e a luz para estimular de forma muito lúdica a imaginação das crianças.

Texto: Lázaro Ramos
Direção: Suzana Nascimento e Lázaro Ramos
Elenco: Orlando Caldeira

De 07 a 29 de maio, sáb, às 16h; dom, às 11h
Espaço Sesc  - Mezanino
Rua Domingos Ferreira - nº 160 - Copacabana
Informações: (21) 2548-1088
Ingresso: R$ 20,00 (inteira), R$ 5,00 (Associados Sesc)
Duração: 40 minutos
Classificação: Livre (indicado para crianças a partir de 3 anos)


Em maio e junho, peça Anti-Nelson Rodrigues fará apresentações gratuitas nas arenas e lonas do Rio

Foto: Páprica Fotografia
Dirigida por Bruce Gomlevsky, a peça Anti-Nelson Rodrigues será encenada nas arenas e lonas culturais do Rio, entre 04 de maio e 04 de junho. Com entrada franca, as apresentações vão acontecer em cinco locais diferentes: Arena Carioca Abelardo Barbosa – Chacrinha (04 e 05/05), Arena Fernando Torres (21 e 22/05), Arena Dicró (26 e 27/05), Lona Carlos Zéfiro (28 e 29) e Lona Terra (03 e 04 de junho).

Com realização da Nova Bossa Produções e patrocínio da Prefeitura do Rio do Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, a peça traz no elenco Sergio Fonta/Samir Murad, Anderson Cunha, Juliana Teixeira, Rogério Freitas, Carla Cristina Cardoso, Luiza Maldonado e Gustavo Damasceno. Juliana, aliás, é a produtora à frente desse evento, que trouxe de volta a um palco carioca a encenação de Anti-Nelson, montada na cidade somente na estreia, em 1974.

Em 1974, estreava no Rio a penúltima peça de Nelson Rodrigues (1912-1980), escrita por insistência da atriz Neila Tavares. Há oito anos sem levar a público qualquer criação, o jornalista e dramaturgo surpreendeu mostrando uma história com final aparentemente feliz – e, por isso, batizada como Anti-Nelson Rodrigues. Com direção de Paulo César Pereio, tinha no elenco, além de Neila e Pereio, José Wilker, Iara Jati, Carlos Gregório e Nelson Dantas.  A história que tinha como centro o encontro de Joice – moça do subúrbio de Quintino – com o jovem rico e mulherengo Oswaldinho foi um sucesso estrondoso.

Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Bruce Gomlevsk
Elenco: Sergio Fonta/Samir Murad (Simão Salim), Anderson Cunha (Oswaldinho), Luiza Maldonado (Joice), Juliana Teixeira (Tereza), Rogério Freitas (Gastão), Carla Cristina Cardoso (Hele Nice) e Gustavo Damasceno (Leleco).

Dia 21 de maio, sáb, às 20h
Dia 22 de maio, dom, às 19h
Arena Carioca Fernando Torres - Madureira
Rua Bernardino de Andrade, 200 – Parque Madureira
Informações: (21) 3495-3078 / 3093

Dias 26 e 27 de maio, qui e sex, às 19h
Arena Carioca Carlos Roberto de Oliveira – Dicró
Parque Ari Barroso – Penha
Informações: (21) 3486-7643

Dia 28 de maio, sáb, às 20h 
Dia 29 de maio, dom, às 19h 
Lona Cultural Municipal Carlos Zéfiro - Anchieta
Estrada Marechal Alencastro s/no – Anchieta
Informações: (21) 3019-1654

Dias 03 e 04 de junho, sex e sáb, às 19h
Lona Cultural Municipal Terra - Guadalupe
Praça Edson Guimarães s/no – Guadalupe
Informações: (21) 3018-4203 / 3287-0921

Entrada Franca
Classificação: 16 anos
Duração: 70 minutos